ITSM na Prática: o que é, qual a diferença para Gestão de Ativos e como o GLPI entra nessa história

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Se você trabalha ou já trabalhou com suporte técnico, infraestrutura ou gestão de TI, provavelmente já ouviu falar de ITSM, Gestão de Ativos e, talvez, do GLPI. Mas afinal, o que esses nomes querem dizer na prática? Eles são a mesma coisa? Se complementam? E, claro, como colocar isso pra rodar de um jeito que funcione no dia a dia?

Neste artigo, vou explicar o básico, mostrar as diferenças entre ITSM e Gestão de Ativos e contar como o GLPI pode ser um baita aliado nisso tudo.


🛠️ O que é ITSM?

ITSM significa IT Service Management (ou Gestão de Serviços de TI). É um conjunto de boas práticas, processos e ferramentas que ajudam equipes de TI a entregarem serviços com mais qualidade, organização e controle.

Na prática, ITSM é aquilo que ajuda a TI a:

  • Organizar chamados de suporte
  • Priorizar demandas
  • Registrar histórico de atendimento
  • Medir SLA (tempo de resposta e solução)
  • Automatizar tarefas repetitivas

O ITSM geralmente segue modelos como o ITIL, que organiza os serviços de TI em processos bem definidos (ex: gestão de incidentes, problemas, mudanças etc.).


🖥️ E o que é Gestão de Ativos de TI?

A Gestão de Ativos (também chamada de ITAM — IT Asset Management) é focada em inventariar, controlar e acompanhar tudo que a TI possui: notebooks, desktops, switches, licenças de software, impressoras, etc.

O objetivo principal aqui é:

  • Saber o que existe no parque de TI
  • Entender onde está, quem está usando e qual o status
  • Evitar perdas, roubos ou subutilização
  • Controlar licenças, garantias e ciclos de vida

🎯 ITSM vs Gestão de Ativos: qual a diferença?

Apesar de parecerem parecidos, são coisas diferentes que se complementam:

Aqui alguns exemplos para ficar mais claro:

ITSM – Gestão de ServiçosGestão de Ativos (ITAM)
Foco em atendimentoFoco em inventário e controle
Gerencia chamados, incidentes, mudançasGerencia equipamentos, softwares, licenças
Relacionado a usuários e serviçosRelacionado a ativos físicos e digitais
Exemplo: ticket de impressora travadaExemplo: controle de número de impressoras

💡 Onde entra o GLPI nisso tudo?

O GLPI (Gestionnaire Libre de Parc Informatique) é uma ferramenta open source que une ITSM + Gestão de Ativos em um só lugar.

Ele permite:

✅ Registrar e gerenciar chamados (com SLA, categorias, técnicos, notificações)
✅ Fazer o inventário de máquinas e softwares automaticamente (via GLPI Agent)
✅ Acompanhar licenças, contratos e garantias
✅ Montar uma base de conhecimento
✅ Controlar a disponibilidade de serviços
✅ Automatizar fluxos e relatórios

Ou seja, com o GLPI você consegue implementar ITSM e ITAM sem precisar de duas ferramentas diferentes. E o melhor: sem gastar um centavo com licença.


🧪 Exemplo prático do uso integrado

Imagine que o João do RH abre um chamado dizendo que o computador dele está lento.

Com o GLPI, o técnico pode:

  1. Abrir o chamado com categoria “Desempenho de máquina”
  2. Consultar o ativo associado ao João e ver as especificações
  3. Ver se o hardware está defasado, com baixo desempenho ou disco cheio
  4. Registrar a solução (ex: troca de HD por SSD) e atualizar o status do ativo
  5. Encerrar o chamado com registro no histórico

Isso é ITSM com Gestão de Ativos na prática, fluindo junto.


📎 Conclusão

ITSM não é só “abrir chamado” e Gestão de Ativos não é só “planilha de inventário”. São áreas complementares que, quando bem implementadas, tornam a TI mais organizada, responsiva e estratégica.

Se você quer dar esse passo, o GLPI é uma das melhores portas de entrada: gratuito, completo e com uma comunidade ativa.

Quer colocar isso pra rodar? Recomendo começar pequeno: define um fluxo de chamados simples, inventaria meia dúzia de ativos e começa a explorar os relatórios. O resto vem com o uso.

E como sempre: documentação salva vidas. 😉

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